O processo formativo do pedagogo e a escola de educação básica: microrrede ensino-aprendizagem-

terça-feira, setembro 28, 2010

Mesa Redonda "EDUCAÇÃO E TEMAS CONTEMPORÂNEOS: POLÍTICAS, DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CIDADANIA"

Data: 30 de Setembro de 2010;
Local: Auditório Administrativo;

7h30 - 19h: Apresentação de Pôsteres;
19h - 21h: Mesa Redonda "EDUCAÇÃO E TEMAS CONTEMPORÂNEOS: POLÍTICAS, DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CIDADANIA":
Profª. Me. Daniele Freire Raic;
Prof. Me. Fábio Mansano;
Profª. Drª. Fátima Moraes Garcia;
Prof. Me. Silvano da Conceição;
Prof. Me. Ubirajara Couto Lima.

Realização: Colegiado de Pedagogia, C.A. de Pedagogia, Grupo de Estudos sobre Políticas e Gestão Educacional, Museu Pedagógico: GEILC e CIPAM.

sexta-feira, setembro 17, 2010

REFLEXÃO...

Só de Sacanagem

Ana Carolina

Composição: Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
“ - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”
E eu vou dizer:
”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
E eu direi:
” - Não admito! Minha esperança é imortal!”
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!

Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.



• 2º OFICINA: INDISCIPLINA / COLÉGIO ESTADUAL LUIZ VIANA FILHO



Nessa manhã, realizamos com o apoio da nossa supervisora Tânia Amorim, a nossa segunda oficina no Colégio Estadual Luiz Viana Filho, com os alunos do 1º ano, ensino médio, do turno matutino, nossa meta foi trabalhar com os alunos que possuíam algo semelhante, que neste caso o nosso olhar estava centrado para as tamanhas observações que verificamos no diário de classe, no total foram 29 alunos, sendo que 19 já faziam parte da nossa preocupação, em relação ao número alarmante de faltas. Desses, somente 22 alunos participaram da nossa oficina, os outros não estavam presentes na escola. Sabíamos que se tratava de um desafio realizarmos essa oficina, pois o público eram justamente os alunos que possuíam observações em relação as suas indisciplinas na sala de aula, quase que diariamente. Desenvolvemos a oficina em três momentos, introduzimos com a música “Só de Sacanagem”, cantada por Ana Carolina, após esse momento realizamos uma dinâmica, com a confecção de bandeiras individuais, em que os discentes respondiam algumas questões, entre elas qual o motivo de tanta indisciplina? E por último apresentamos uns slides composto pelas próprias observações de indisciplinas dos alunos que estavam presente, com intuito de fazer uma reflexão acerca do tema tão complexo (indisciplina), mas tivemos o cuidado de não nomear as observações para não proporcionar nenhum tipo de constrangimento. Após o término da oficina, juntamente com o apoio constante da coordenadora Tânia, fizemos considerações essenciais para a nossa caminhada, pois os alunos se comportaram nessa oficina também de maneira indisciplinar e atrapalhando até mesmo o desenvolvimento das atividades. Começamos a nos indagar: Será que agimos de forma corretamente? Devemos lidar com grupos homogêneos ou não? Como os alunos estão nos aceitando? Ufa! Acredito que muitas dessas questões serão respondidas com o nosso trabalho e caminhadas no decorrer das nossas pesquisas, pois os desafios só estão começando. Caminhar com a epistemologia e com a própria etnografia é saber que podemos mudar de caminho e buscar novas práticas e novos conhecimentos para suprir as nossas carências e mesmo dúvidas.

A docência exige estratégias e autonomia!

Fabrícia Peixoto.

domingo, setembro 12, 2010

A ESCOLA



"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."


de Paulo Freire

Por Janilda Silveira, secretária do mês

quinta-feira, setembro 09, 2010

Os corpos, suas marcas, suas mensagens


Miguel Arroyo, no sétimo capítulo de sua obra Imagens Quebradas, nos põe em profunda reflexaão sobre as marcas e mensagens presentes nos corpos do alunos/as de nossas escolas...

As respostas para os questionamentos em torno dos comportamentos de desmotivação e indisciplina das crianças e adolescentes presentes em nossas salas de aula estão em suas faces e histórias, que muitas vezes, nós educadores/as, não queremos enchergar!

Arroyo nos diz que "o que há de diferente é que fica cada dia mais difícil silenciar, controlar ou ignorar seus corpos. Torna-se urgente escutar suas falas, venham em forma de indisciplinas, de desatenção, ou de condutas desviantes ou venham em forma de corpos atentos e disciplinados" (p. 123).

Não é mais aceitável que tratemos nossos alunos/as como mentes ou almas que precisam de instrução para a vida, sem levar em conta que todas essas mentes existem em corpos que fazem parte desta mesma vida para qual estão se preparando para viver...
Que fazem parte duma história, duma comunidade, duma família...Que traz em si estigmas, marcas, traços, discriminações, preconceitos, sofrimentos, angústias, alegrias, esperanças, orgulho e belezas... Identidades!!

Arroyo nos diz: "Escutar as falas do corpo dos alunos é nosso dever, como pensamos ser o dever deles escutar nossas falas" (p. 128).

É preciso mudanças... Pensar e exercitar a sensibilidade e a escuta dos educandos/as e suas concretudes biológicas, sociais, étnicas, raciais, culturais...
Este poderá ser um caminho para o repensar pedagógico e docente que precisamos para melhorar a cara da educação pública na qual atuamos!!

Adriana Cardoso Sampaio

terça-feira, setembro 07, 2010

"CIRCUITO ATELIER - E NOSSAS TRAJETÓRIAS?"


ARROYO, Miguel G. Circuito Atelier – E nossas trajetórias? In__: Imagens Quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. p. 169 – 184.

Fabrícia Peixoto

Bolsista do PIBID – Pedagogia - JQ


Em Imagens Quebradas, de Miguel G. Arroyo, em seu décimo capítulo do livro, Circuito Atelier – E nossas trajetórias?, o autor nos possibilita fazer uma comparação do Circuito Atelier, título de uma coleção idealizada da Companhia de Arte de Belo Horizonte, que revela o processo pedagógico dos artistas, em uma dimensão da elaboração de sua arte para um trabalho mais coletivo e mesmo aberto, com uma transformação radical da suas produções, sendo ressaltada e identificada com os desmembramentos da nossa atuação docente, em novas direções. Em que a sala de aula é um circuito de formação de sujeitos, e o desafio passa a ser dinâmica para lidar com os discentes, tratando-se de um público novo, passando ser este o seu desafio e a sua preocupação. Sendo a função dos mestres, enfrentarem o momento atual, que é retratado por caminhos múltiplos, com experiências diversificadas em contextos sociais peculiares, em que a ação passa exigir a coletividade, para atender o interesse em comum, que é a preocupação com as crianças, os adolescentes, e a própria juventude ameaçada, pelos seus direitos negados. Nessa nova etapa, torna-se mais difícil e complexo a preparação de novas estratégias e mesmo metodologias para atender o novo aluno, pois este passa a ser a conseqüência da própria atuação docente. Na elaboração de novas propostas deve haver uma reflexão acerca do ensino, das próprias condições trabalho e diretrizes que envolve o papel do educador, e o mais importante é a concretude do fazer docente, sendo uma luta constante, com várias descobertas, a própria formação de um novo perfil de educador, questionada em sua nova prática. Como sugestão de novas estratégias, para esse novo perfil no processo educativo, a qualificação docente é uma boa iniciativa para atender as demandas dos discentes, em seus diversos saberes e conhecimentos tão descentralizados. O processo educativo deve enxergar o trabalho docente, como trabalho humano, sendo primordial para que as práticas se alterem, fazendo parte de um círculo, em quem os alunos são alterados e os professores são reconstruídos nas novas trajetórias e em novas experiências, em que a teoria e prática docente fazem parte de um processo contínuo e inovador, com questões coletivas e interrelacionadas, em palco de manifestações artísticas para atender o novo “modernismo’ educacional.



A NOSSA REFLEXÃO TEÓRICA...

quinta-feira, setembro 02, 2010

Metas traçadas pelos bolsistas de Pedagogia / Colégio Estadual Luiz Viana Filho...

· Observação contínua e orientada em todos os encontros;


· Postar as nossas observações semanalmente no blog;


· Proporcionar oficinas com os discentes do 1º ano – ensino médio, do turno matutino, a cada 15 dias (variando os dias da semana);


· Mensalmente, manter um encontro com os pais dos discentes do 1º ano – ensino médio, no turno matutino (através de oficinas);


· Grupo de estudo;


· Participar de todas as reuniões com os bolsistas, supervisores e coordenadores do nosso Subprojeto de Pedagogia;

Em contato com o diário de classe, no Colégio Estadual Luiz Viana Filho


Na manhã do dia 31/08/10, tivemos em contato com os diários de classe, podemos verificar aqueles alunos que possuíam observações em relação as suas indisciplinas em sala de aula, acarretando assim uma das preocupações da equipe escolar para contornar os problemas ocasionados por esses alunos, da 1ª série de ensino médio, do turno matutino. Fizemos uma comparação dos alunos faltosos, com os indisciplinares, e em muitos casos, tratavam dos mesmos alunos. Após isso, verificamos a quantidade de faltas dos alunos faltosos, que já havíamos conversado, com a finalidade de alertarmos em relação a sua freqüência escolar, o índice de falta ainda continua alarmante. Acreditando que a mudança ocorre de forma também gradativa, esperamos que através do diálogo com os discentes e seus próprios pais, poderemos ainda obter resultados satisfatórios.

O desafio é o incremento do desejo de mudança.

Fabrícia Peixoto.