O processo formativo do pedagogo e a escola de educação básica: microrrede ensino-aprendizagem-

sexta-feira, setembro 17, 2010

• 2º OFICINA: INDISCIPLINA / COLÉGIO ESTADUAL LUIZ VIANA FILHO



Nessa manhã, realizamos com o apoio da nossa supervisora Tânia Amorim, a nossa segunda oficina no Colégio Estadual Luiz Viana Filho, com os alunos do 1º ano, ensino médio, do turno matutino, nossa meta foi trabalhar com os alunos que possuíam algo semelhante, que neste caso o nosso olhar estava centrado para as tamanhas observações que verificamos no diário de classe, no total foram 29 alunos, sendo que 19 já faziam parte da nossa preocupação, em relação ao número alarmante de faltas. Desses, somente 22 alunos participaram da nossa oficina, os outros não estavam presentes na escola. Sabíamos que se tratava de um desafio realizarmos essa oficina, pois o público eram justamente os alunos que possuíam observações em relação as suas indisciplinas na sala de aula, quase que diariamente. Desenvolvemos a oficina em três momentos, introduzimos com a música “Só de Sacanagem”, cantada por Ana Carolina, após esse momento realizamos uma dinâmica, com a confecção de bandeiras individuais, em que os discentes respondiam algumas questões, entre elas qual o motivo de tanta indisciplina? E por último apresentamos uns slides composto pelas próprias observações de indisciplinas dos alunos que estavam presente, com intuito de fazer uma reflexão acerca do tema tão complexo (indisciplina), mas tivemos o cuidado de não nomear as observações para não proporcionar nenhum tipo de constrangimento. Após o término da oficina, juntamente com o apoio constante da coordenadora Tânia, fizemos considerações essenciais para a nossa caminhada, pois os alunos se comportaram nessa oficina também de maneira indisciplinar e atrapalhando até mesmo o desenvolvimento das atividades. Começamos a nos indagar: Será que agimos de forma corretamente? Devemos lidar com grupos homogêneos ou não? Como os alunos estão nos aceitando? Ufa! Acredito que muitas dessas questões serão respondidas com o nosso trabalho e caminhadas no decorrer das nossas pesquisas, pois os desafios só estão começando. Caminhar com a epistemologia e com a própria etnografia é saber que podemos mudar de caminho e buscar novas práticas e novos conhecimentos para suprir as nossas carências e mesmo dúvidas.

A docência exige estratégias e autonomia!

Fabrícia Peixoto.

3 comentários:

  1. Larissa Monique Almeida19 de setembro de 2010 às 15:33

    Faby...
    Imagino as dificuldades que ocorreram...
    Mas como você relatou, o trabalho etnográfico nos possibilita essas múltiplas oportunidades de caminhos a seguir...
    Espero que consigamos atravessar por um caminho que seja significativo para os alunos, já que para nós acredito que cada um dos seguidos até hoje tem proporcionado ricas aprendizagens...

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  2. Acredito que boa parte de toda indisciplina manifestada pelos adolescentes hoje na educação pública tem como reflexo duas causas:
    1. A mudança de valores familiares e sociais que tem ocorrido em nossa história.
    2. As professoras/es que não tem atuado como profissionais motivadores e que não tem conseguido interpretar e falar a mesma linguagem dos jovens, bem como conpreender a mudanças de valores que a aluna e o aluno de hoje tem concebido, frente as exigências de atitudes e comportamentos, influenciados e persuadidos pela sociedade moderna.
    Arroyo nos diz que a professora/or tem estado distante do mundo real no qual a aluna/o vive fora da escola e que influencia, o tempo todo, em suas atitudes psíquicas e corporais dentro da escola...
    Creio que seja urgente escola, professor/a e aluna/o falar a mesma língua. Ou a escola perderá toda sua função social!
    Adriana Cardoso Sampaio

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  3. Manoela Matos

    Meninas a experiência foi chocante, o tumulto causado foi tão grande que precisamos da ajuda de Tânia, me perguntava: será que erramos onde? o que pude constatar é que enfim estamos conhecendo nosso objeto de estudo, tais questões que nos depararemos na caminhada trará uma mudança de atitude e pensamento gigantesca em nós e contribuirá para mudarmos pelo menos o final...

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